Conquista de Arzila

Conquista de Arzila
Guerras Luso-Marroquinas

O ataque português a Arzila numa das Tapeçarias de Pastrana
Data 24 de Agosto de 1471
Local Arzila, Marrocos
Desfecho Vitória portuguesa
Beligerantes
Portugal Sultanato Oatácida
Comandantes
D. Afonso V Maomé Xeque
Forças
30,000 homens
400 navios
Desconhecida
Baixas
Desconhecidas 2,000 mortos[1]
5,000 cativos[1]
Campanhas coloniais portuguesas
Conflitos prolongados mostrados em negrito
Data  Região 
1415 Ceuta
1437 Marrocos
1458 Marrocos
1468 Marrocos
1471 Marrocos
1478 Guiné
1487 Marrocos
1490 Marrocos
1501–02 Índia
1502 Índia
1503 Índia
1504 Índia
1506 Índia
1507 África Oriental
1507 Hormuz
1508 Índia
1509 Índia
1510 Índia
1511 Malaca
1514 Marrocos
1515 Marrocos
1517 India
1521 China
1522 China
1523 Arábia
1526 Índia
1531 Índia
1538 Índia
1541 Mar Vermelho
1541 Mar Vermelho
1542 África Oriental
1546 Índia
1548 Arábia
1551 Arábia
1552–54 Arábia
1553 Golfo Pérsico
1558 Brasil
1559 Índia
1561 Japão
1562 Marrocos
1567 Brasil
1568 Malaca
1569 Achém
1570–75 Índia
1580–83 Oceano Atlântico
1580–89 Oceano Índico
1581 Damão
1587 Jor
1601 Java
1606 Malaca
1606 (ago) Malaca
1612 Índia
1614 Brasil
1619 Ceilão
1622 China
1622 Angola
Data  Região 
1624 Brasil
1625 Pérsia
1625 Brasil
1625 Costa do Ouro
1629 Malaca
1630 Brasil
1631 Brasil
1638-39 Índia
1671 Angola
1637 Costa do Ouro
1638 Índia
1638 Brasil
1639 Índia
1640 Brasil
1640–41 Malaca
1645 Brasil
1647 Angola
1648 Brasil
1648 Angola
1649 Brasil
1652–54 Brasil
1654 (mar) Ceilão
1654 (mai) Ceilão
1665 Angola
1670 (jun) Angola
1670 (out) Angola
1696–98 Mombaça
1710 Brasil
1711 Brasil
1729-32 Índia
1735–37 Banda Oriental
1752 Índia
1756 América do Sul
1761–63 América do Sul
1762–63 Sacramento
1768-69 Angola
1774-78 Angola
1776–77 América do Sul
1809 Guiana Francesa
1816–20 Banda Oriental
1821–23 Brasil
1846 China
1849 China
1850-62 Angola
1855-74 Angola
1890–1904 Angola
1907 Angola
1914–15 Angola
1917–18 Moçambique
1954 Índia
1961 Índia
1961–74 África
• 1961–74 Angola
• 1963–74 Guiné-Bissau
• 1964–74 Moçambique

A conquista portuguesa de Arzila (em árabe: أصيلة، أرزيلة) ao Reino de Fez, em Marrocos, teve lugar a 24 de Agosto de 1471.

História

O rei D. Afonso V decidira, com o espírito de cruzada contra os muçulmanos sempre presente, prosseguir com a sua política de expansão dos territórios portugueses em Marrocos e optara inicialmente por conquistar Tânger mas depois decidiu conquistar Arzila.

Tendo partido de Lagos com 400 navios e um exército composto por cerca de 30,000 homens[2] os portugueses alcançaram a costa marroquina na tarde de 22 de Agosto de 1471. O rei D. Afonso V convocou um conselho e decidiu atacar Arzila no dia seguinte de manhã. Sobreveio uma violenta tempestade e perderam-se alguns navios. Choveu durante os três dias que durou o ataque.[3]

A tempestade era tão forte que impediu os navios de bombardearem a cidade e só duas peças de artilharia pesada foram desembarcadas. Após um difícil desembarque em que morreram mais de 200 homens devido às grandes ondas e ventos fortes, o exército do rei D. Afonso V alcançou terra e sitiou a cidade, conquistando-a ao fim de uma porfiada batalha a 24 de Agosto de 1471.[1]

O conde de Valença D. Henrique de Meneses foi o primeiro a ser capitão de Arzila pelo rei.[4]

A vitória em Arzila abriu caminho para a conquista de Tânger quatro dias mais tarde, a 28 de Agosto de 1471, sem qualquer oposição.[3]

Tapeçarias de Pastrana

Ver artigo principal: Tapeçarias de Pastrana

Em finais do século XV, um conjunto de quatro grandes tapeçarias foi encomendado pelo rei para comemorar a batalha. Foram feitas nas oficinas flamengas de Tournai, na Bélgica. São altamente notáveis pela maneira como representam um evento contemporâneo. A obra é tida entre as melhores tapeçarias góticas no mundo.[3]

Ver também

Referências

  1. a b c Diffie, Shafer, Winius "On August 24 the Portuguese captured the city killing some 2000 "infidels" and taking 5000 captives." p.145
  2. Black, "Asilah had been captured in 1471 by a Portuguese force of 400 ships and 30,000 men." p.18
  3. a b c «"The Invention of Glory: Afonso V and the Pastrana Tapestries", National Gallery of Art» (PDF). Consultado em 30 de julho de 2014. Cópia arquivada (PDF) em 21 de dezembro de 2016 
  4. Quintella, p.181, p.182

Bibliografia

  • Jeremy Black, Cambridge illustrated atlas, warfare: Renaissance to revolution, 1492-1792 (1996) ISBN 0-521-47033-1
  • Bailey Wallys Diffie,Boyd C. Shafer,George Davison Winius, Foundations of the Portuguese empire, 1415-1580 (1977) ISBN 0-8166-0782-6
  • Ignacio da Costa Quintella, Academia das Ciências de Lisboa, Annaes da marinha portugueza, Volume 1 (1839)